por Prof. Marcelo Monteiro Perez,
Prof. Rubens Famá
A globalização e os avanços da tecnologia da informação estão
acirrando a competição entre as empresas, forçando-as, cada vez mais, a se
diferenciarem de seus concorrentes. Ativos intangíveis, como marcas, patentes,
concessões públicas e capital intelectual, por exemplo, são ativos singulares, cujas
características únicas poderiam permitir a diferenciação entre as empresas e a
obtenção de vantagens competitivas.
Nesse contexto, inúmeros autores têm afirmado que a geração de riqueza
nas empresas estaria diretamente relacionada com os ativos intangíveis, pois
esses ativos seriam responsáveis por desempenhos econômicos superiores e pela
geração de valor aos acionistas e, ainda, que uma maior presença de ativos
intangíveis não contabilizados poderia explicar as lacunas entre o valor de
mercado das empresas e o valor refletido pela contabilidade tradicional.
O objetivo dessa pesquisa é analisar o impacto da presença de ativos
intangíveis não contabilizados no desempenho das empresas, verificando
estatisticamente se esses ativos podem realmente ser responsáveis por uma maior
criação de valor aos seus acionistas.
Os resultados obtidos com centenas de empresas norte-americanas são
significativos e demonstram a existência de importantes diferenças de
desempenho entre as empresas intangível-intensivas e as empresas tangível-intensivas.
Portanto, a contabilidade precisa direcionar esforços para registrar
esses ativos estratégicos e desenvolver uma forma de evidenciá-los, re-adequando,
se necessário, seus princípios, convenções, normas e práticas, de forma que
prevaleça a essência sobre a forma, pois mesmo a subjetividade e a conseqüente
dificuldade de mensuração dos ativos intangíveis não podem servir de barreira para
impedir esse processo de evolução.
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rcf/v17n40/v17n40a02.pdf
0 comentários:
Postar um comentário