por Ministério da Saúde - Brasil
O PNGC surgiu
da necessidade de conhecer os custos dos produtos e serviços, para apurar e
avaliar seus respectivos resultados, além de aprimorar a própria gestão de
custos. Com a crescente complexidade das instituições de saúde integradas ao
SUS, este instrumento passou a ser utilizado como eficiente técnica gerencial
(utilização das informações de custos, para auxiliar na tomada de decisão),
tornando-se uma vantagem competitiva e fazendo parte das ações estratégicas
dessas instituições.
A otimização
dos recursos, sem comprometer a funcionalidade e a qualidade dos produtos e
serviços, deve ser um objetivo permanente nas instituições que buscam a excelência.
O que se
observa é que as instituições de saúde no Brasil, principalmente as públicas,
são as mais distantes do processo de modernização gerencial. A maioria dessas
instituições utiliza métodos contábeis tradicionais, que não levam ao
conhecimento de seus custos reais, ou seja, não fazem uso de sistema de custos
que oriente e ofereça parâmetros para suas decisões administrativas e para o
controle de suas atividades.
Para Abbas
(2001), várias instituições utilizam a contabilidade de custos somente para
fins fiscais e não exploram a informação como ferramenta gerencial.
Isso se
relaciona, principalmente, com a deficiência de agilidade e confiabilidade dos
dados que, conseqüentemente, perdem a utilidade como instrumento gerencial para
a tomada de decisão.
Assuntos
delicados, como investimento na atenção básica, credenciamento de um novo
procedimento, terceirização ou não da lavanderia, entre outros são incorporados
constantemente nas agendas dos gestores e, na maioria das vezes, sem o adequado
respaldo de informação gerencial, eles têm que tomar suas decisões.
A apuração e o
controle de custos em saúde, primeiramente, servem de instrumentos eficazes de
gestão e acompanhamento dos serviços; em segunda instância, permitem a
implantação de medidas corretivas que visem ao melhor desempenho das unidades,
com base na redefinição das prioridades, no aumento da produtividade e na
racionalização do uso de recursos, entre outras medidas administrativas.
Com a adoção da
gestão de custos voltada para o controle e a tomada de decisão (visão gerencial
dos custos), as instituições de saúde passaram a ter maior interesse em
pesquisar assuntos relacionados a custos, até então pouco explorados.
Portanto,
faz-se necessário que os gestores tenham, à sua disposição, informações relevantes
e pertinentes aos custos, de modo que estas se configurem em subsídios para
otimizar seu respectivo desempenho.
De forma
simples e resumida, segue abaixo algumas das finalidades da gestão de custos
para instituições de saúde:
1. Calcular os
custos dos serviços prestados, relacionados à atividade produtiva.
2. Fornecer, a
todos os setores da instituição, informação referente a seus recursos,
independente da natureza produtiva, despertando assim a co-responsabilidade,
para que todos exerçam uma efetiva gestão dos custos.
3. Subsidiar a
tomada de decisão, a definição orçamentária, a política de investimentos e o
planejamento das atividades operacionais.
4. Possibilitar
a troca de informações e a comparação de resultados entre instituições.
5. Facilitar a
identificação de atividades ineficientes na aplicação de recursos e/ou na
prática organizacional.
6. Realizar
prestação de contas, visando maior transparência ao controle social.