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20 de dezembro de 2012

Evolução e Estrutura da Receita Tributária Administrada pela Receita Federal: Por que decresceu muito mais que o PIB?


por José Roberto Afonso,  
.Kleber Castro,  
Gabriel G. Junqueira



O acompanhamento da crise financeira global exige uma atenção particular para o nível da receita pública diante da rigidez do  gasto no País, caracterizado pela consistente expansão de  despesas de caráter permanente.  Como cresce a importância da política fiscal dentro da política econômica diante da crise e da busca de saídas para ela, mais do que nos tempos de bonança importa verificar o desempenho mais recente da arrecadação e, particularmente, da receita administrada pela Receita Federal do Brasil (RAD), tendo em vista o papel decisivo que a União precisa exercer na reação à crise. 
Por princípio, a arrecadação tributária possui correlação estreita com o nível de atividade econômica. Esse fenômeno não poderia deixar de ser observado durante uma crise financeira global, que provoca recessão e eleva o desemprego. Nesse contexto, era de se esperar uma queda generalizada nas receitas. 
Para identificar os impactos efetivos da crise sobre a arrecadação tributária, este trabalho se propõe a analisar os dados da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) referentes ao período recente (1º semestre de 2009) e compará-los com o mesmo período de anos anteriores, quando a economia brasileira não sofria com a crise. A investigação pôde aqui ser aprofundada a partir da decomposição da RAD por setores de atividade econômica, tomando por base tabulações especiais gentilmente cedidas pela RFB, que detalham a classificação  de atividades (CNAE) a três dígitos e apresentam uma série histórica desde o início desta década.  
Não são cobertos por tal levantamento as arrecadações das receitas previdenciárias e aquelas que não puderam ser classificada setorialmente, por conceito (como IRPF) ou por sistema (caso das oriundas do regime especial de microempresas e dos eventos de retificação). 
A análise abrangerá inicialmente a arrecadação consolidada, procurando medir sua evolução em relação à economia, e só depois tratará da classificação por grandes setores e por atividades que mais recolhem tributos federais. Para evitar problemas com sazonalidades da receita, a comparação será feita apenas entre os resultados do primeiro semestre de cada ano. Para calcular a carga semestral, será comparada a receita em valores correntes com o montante também corrente do PIB, oficialmente apurado para cada período pelo IBGE e, para este ano, o adotado pelo Banco Central. Portanto, não há projeção própria, apenas a sistematização dos dados e o cálculo dos índices.
Antecipa-se que o IPEA também analisou recentemente o comportamento recente da receita tributária federal depois da crise, tendo divulgado em 26/08/2009 a Nota Técnica “O que explica a queda recente da receita tributária federal?”, bem assim uma apresentação da Diretoria de Estudos Macroeconômicos responsável pelo estudo.
Enquanto a presente análise se baseia apenas nos setores  de atividade, o texto IPEA (2009a) agrupou a arrecadação por principais  bases e identificou principais tributos, inclusive calculando elasticidades e desempenhos setoriais.

Fonte: http://www.senado.gov.br/senado/conleg/textos_discussao/TD63-JoseRAfonso_KleberCastro_GabrielJunqueira.pdf

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