por Juarez Domingues Carneiro,
Ana Tércia Lopes Rodrigues,
Maria Clara Cavalcante Bugarim,
Marisa Luciana Schwabe de Morais,
José Antonio de França,
José Joaquim Boarin
O mundo atual passa por uma série
de transformações. De fato, nesta primeira década do século XXI, estamos tendo
um ponto de inflexão entre a era da certeza e do raciocínio lógico e uma nova
era caracterizada pela imprecisão, pelo futuro desconhecido e pela incerteza no mundo dos negócios. Para que as empresas
possam se preparar para enfrentar essa nova realidade, é preciso, num primeiro
momento, compreender melhor o que está acontecendo. O entendimento do
funcionamento do mundo dos negócios, em todos os seus aspectos, é necessário
para a tomada de decisões bem-sucedidas. Os fatores ambientais, como as forças
competitivas, regulamentos, legislação e tendências socioeconômicas, constituem
um ponto de partida para decidir como organizar e gerenciar os fatores internos
de uma empresa, como recursos humanos, infraestrutura, estrutura organizacional
e definição de estratégias.
Essas mudanças, no mundo dos
negócios, vêm acontecendo, de maneira mais visível, desde o final da década de
1980 e, hoje, pode-se perceber uma série de evidências empíricas irrefutáveis.
A globalização, por exemplo, trouxe para o dia-a-dia das empresas a abertura de
mercados e a dura realidade da concorrência global. As inovações tecnológicas
revolucionaram todas as áreas, mas, sem dúvida, os maiores avanços se deram na
área das telecomunicações, principalmente no que diz respeito às tecnologias de
informação e de comunicação.
Os avanços nesta área imprimiram mudanças
consideráveis no mundo dos negócios. A noção tradicional de tempo e espaço foi
ultrapassada, de maneira tal que hoje, em segundos, grandes distâncias podem
ser eliminadas.
Essas transformações são tão
profundas que se pode afirmar que o capital intelectual baseado, sobretudo, no
conhecimento, é hoje mais importante que os ativos tangíveis, com os quais os
profissionais de contabilidade estão familiarizados (propriedade, fábricas, equipamento,
dinheiro, etc.). O capital intelectual é intangível. Este novo “ativo” tem uma particularidade
muito interessante: se antes o capital era guardado para aumentar a riqueza de
seu proprietário, hoje ele deve ser compartilhado, porque o conhecimento compartilhado cresce, enquanto o
conhecimento não utilizado se torna obsoleto e perde seu valor. Isso não significa
que o objetivo primeiro das empresas mudou. A obtenção de lucros e a
maximização do capital continuam sendo a razão de existir das empresas, ou pelo
menos da maioria.
0 comentários:
Postar um comentário