por Acyr E. Freire Jr.
O BANCO TRADICIONAL
O modelo bancário trazido ao Brasil pelo Império foi o europeu.
Entendiam-se como atividades básicas de um banco as operações de depósitos e
empréstimos (descontos). Outros serviços praticamente inexistiam.
Os bancos sempre guardaram, através do tempo, uma característica
excessivamente nobre ou, por que não dizer, austera. Um exemplo desse rigor
eram as próprias gerências operacionais, as quais obrigatoriamente deveriam
manter contato com o público e ficavam situadas no fundo das agências, com
portas muito bem trançadas, por onde poucos ousariam entrar.
Essa situação estendeu-se até a metade de nosso século, quando, então,
começaram as grandes transformações provocadas pelo progresso e pela euforia do
pós-guerra.
A FASE INTERMEDIÁRIA
A partir dos anos 50, solidificaram-se as posições brasileiras,
explodindo aos poucos seu potencial econômico. Propagaram-se os bancos e, com
eles, os primeiros sintomas de uma debilitada capacidade empresarial para
administrá-los. Mais de 500 matrizes funcionavam na ocasião.
Em 1945, através do decreto-lei no 7.293, foi criada a conhecida Sumoc
(Superintendência da Moeda e do Crédito), em substituição a critérios
inadequados de fiscalização, que tiveram início em 1920 com a Inspetoria Geral
de Bancos. Seu objetivo imediato era exercer o controle do mercado monetário.
O mesmo decreto criava, como instrumento de controle do volume de
crédito e dos meios de pagamento, o depósito compulsório. Inúmeros bancos
encerraram suas atividades. Outros tantos desapareceram, através de fusões e
incorporações. Saneou-se e, ao mesmo tempo, solidificou-se o Sistema Financeiro
Nacional.
O BANCO ATUAL
A reforma bancária de 1964 (Lei n.º 4.595, de 31 de dezembro de 1964)
e a Reforma do Mercado de Capitais (Lei no 4.728, de 14 de julho de 1965)
definiram uma política que procurava acabar com a controvérsia relativa às
instituições financeiras, ou seja, evolução no sentido europeu, pela qual os
bancos são as principais peças do sistema financeiro, operando em todas as
modalidades de intermediação financeira, ou adoção de modelo americano, no qual
predomina a especialização.
Por tais normas, o banco ficaria com o segmento de capital de giro e
outras operações de curto prazo. Existindo as empresas de crédito, financiamento
e investimento desde 1959, criaram-se os bancos de investimento, em 1965, e as
associações de poupança e empréstimo, em 1969. Na área oficial, já existia o
Banco Nacional de Crédito Cooperativo, desde 1951, e o BNDES, desde 1952. Em
1964, foi criado o BNH.
Fonte:
http://www.administracaovirtual.com/financas/downloads/apostilas/Sistema_Financeiro_Nacional_Mercado_%20Financeiro_Capitais.pdf
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