por Judith Orloff
Darell Mullis.
Como é que as pessoas aprendem
efectivamente? Há imensas respostas e teorias para esta questão. As idéias
existentes vão desde os factores genéticos, à osmose e à inteligência
emo¬cional. A pesquisa no âmbito das neurociências á abundante no século XXI.
Mas, por agora, pergunte a si
próprio: como é que eu aprendo?
Não é uma pergunta interessante?
E, já agora, o que á que você aprende? Assimila informação através da leitura,
da observação de vídeos, do uso de computadores? Poderá adquirir «competências
pessoais» sem interagir com outras pessoas? Poderá mudar o seu comportamento
sem ter um modelo daquilo que de vê rasei o comportamento ideal? Ou de qual a
sensação que esse comportamento lhe deverá trazer? Encontra pessoas no seu
quotidiano que queira imitar? E imita-as efectivamente. Como faz isso? Será que ainda se consegue
lembrai das letras das canções da sua infância, mas não das que ouviu na semana
passada, ou até mesmo esta manhã? Perguntas e mais perguntas. Mais do que
qualquer outro processo cerebral, as perguntas ajudam-nos a aprender.
Lembra-se do que ouvimos dizei
sobre o primeiro ano de vida de um bebê. Os bebês aprendem mais nesse primeiro
ano do que no conjunto de todos os outros anos da sua vida. Todavia, nesse
primeiro ano, os bebês não conseguem colocar perguntas da maneira que
conseguirão mais tarde, quando tiverem aprendido a usar a linguagem. Então, de
que modo os bebês aprendem? E quais são os princípios que podemos daí retirar para
ajudar os adultos a aprenderem mais rapidamente, a relerem novas informações
durante mais tempo, e a aplicarem imediatamente essas novas informações nas
suas vidas?
E o que tem tudo isto a ver
consigo e com este livro? Boa pergunta.
O Jogo da Contabilidade foi
escrito de modo a criar uma experiência de aprendizagem específica à medida que
lhe transmite competências básicas na área da contabilidade. Designamos este
método de aprendi¬zagem por "aprendizagem acelerada». O que pensa que isto
significa? Trata-se de uma metodologia de aprendizagem que faz uso de todos os
seus sentidos, bem como das suas emoções e da sua capacidade de pensamento
crítico. Caso se consiga lembrar das salas de aula do seu jardim-de-infância ou
da sua escola primária, recordar-se-á de ver muitos mapas coloridos, letras e
números e desenhos esboçados a traços muito largos pelas crianças. Aprendeu o
alfabeto a cantar. Aprendeu a tabuada repetindo-a em voz alta juntamente com as
outras crianças. Ria-se muito. Era criativo.
Mais tarde, o modo como os seus
professores lhe ensinavam passou a ser diferente quando entrou para os 2° e 3º
ciclos do ensino básico, ou para o ensino secundário. Aprender passava, então,
mais por ouvir o professor. Tudo era mais a preto e branco, mais sistemático.
Estudava antes dos testes e provavelmente saía-se bem - ou talvez não. Todavia,
apesar dos inúmeros trabalhos de casa e de todo o «marranço», já não se lembra
da maior i a da informação que aprendeu no ensino secundário. A razão pela qual
isso aconteceu prende-se com o facto de essa informação ter ido pai ai à
memória de curto prazo, para que conseguisse ter positiva nos exames e passasse
para o ano seguinte.
Fonte: http://www.centroatlantico.pt/titulos/desafios/imagens/excerto-livro-ca-ojogodacontabilidade.pdf
1 comentários:
Caro Amigo.
Parabéns pela iniciativa de promover uma discussão sobre essa ciência.
grande abraço.
prof. Paulo César Galetto
Postar um comentário