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9 de junho de 2011

Capital Humano: Uma nova proxy para incluir aspectos qualitativos

 


por Luciano Nakabashi
Lízia de Figueirero

1. Introdução.
O capital humano é tido como um fator importante sobre o crescimento pois, como enfatizado por Lucas-Uzawa (1988), ele afeta diretamente as habilidades do trabalhador. Um trabalhador mais preparado pode fazer o mesmo serviço, utilizando as mesmas técnicas, máquinas e equipamentos, obtendo um produto final maior do que outro que não esteja tão bem preparado. O capital humano também afeta indiretamente a produção, dadas as externalidades por ele geradas, que atenuam os efeitos dos rendimentos decrescentes do capital, como presente no modelo de Lucas (1998). Além disso, trabalhadores mais qualificados aceleram o processo de difusão, questão crucial para os países em desenvolvimento, como salientando por Nelson e Phelps (1966) e Barro e Sala-i-Martin (1997). Uma quarta via é a da capacitação dos indivíduos que estão engajados nos processos de P&D ou qualquer outro processo que afeta a criação de tecnologia. Este é um efeito indireto da educação sobre o crescimento. Assim P&D depende da quantidade de capital humano das pessoas empregadas nesse processo, como ressaltado por Romer (1990).

O objetivo desse trabalho é o de se utilizar uma proxy para capital humano que leve em conta aspectos quantitativos e também qualitativos para se medir com um maior nível de precisão os impactos diretos desse fator sobre o diferencial do nível de renda entre os países. O estudo empírico será feito através de uma análise comparativa com o modelo de Solow estendido, conforme apresentado no trabalho de Mankiw, Romer e Weil (1992). Assim, o foco principal está apenas na análise dos efeitos diretos.

O método proposto de mensuração das proxies para capital humano consiste em multiplicar a proxy de Mankiw, Romer & Weil (1992)1 pelo IDH e pelo IDH2, procedendo da mesma forma com a proxy anos de escola, de Barro e Lee (2001). A suposição por trás da utilização dessa proxy é de que a qualidade do sistema educacional depende do nível de desenvolvimento do país em questão, sendo o IDH a variável utilizada para tal mensuração. O emprego do IDH se deve por este ser um indicador bem estabelecido na literatura sobre desenvolvimento econômico e para o qual os dados estão disponíveis para uma ampla gama de países, além dos dados que compõem o IDH serem de razoável confibilidade. Portanto, nosso objetivo é mensurar o impacto dessas proxies sobre o nível2 e sobre a taxa3 de crescimento da renda per capita do grupo de países utilizado por Mankiw, Romer & Weil (1992)4, no mesmo período (1960-1985), fazendo uma análise comparativa com o trabalho desses autores.

Além dessa introdução, o artigo faz uma breve revisão da literatura empírica sobre o capital humano, na seção II. Na seção III, faremos nosso teste empírico do impacto do capital humano no nível e na taxa de crescimento da renda testando a robustez da nova variável ao comparar com os resultados do trabalho de MRW, além de se fazer um balanço das mudanças dos resultados quando se leva em conta a diferença na qualidade de ensino.


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