por Janaína Zaffani, Lucas Martins,
Rafael Saiani,
Rodrigo Otávio
Se a contabilidade abrange toda forma de registrar fatos numéricos para diversos
objetivos, a sociedade humana pratica contabilidades há tempos imemoriais.
Fourastié e Kovacs (1992) notam que, “embora pouco documentada, a eficiente
administração do império romano certamente se apoiava em registros estatísticos
e contábeis”. Com sai destruição pelas invasões bárbaras, o mundo retornou a
sistemas do tipo Inca de marcas de madeira.
A origem da contabilidade atual, conhecida como Contabilidade das Partidas
Dobradas, surgiu nas cidades-estados italianas e remonta à expansão comercial
dos anos de 1300 e ano conseqüente do desenvolvimento das operações de crédito.
A criação da contabilidade é normalmente atribuída ao frei Luca Pacioli
que, em 1494, escreveu o Tractatus de Computis et Scripturis, onde o Método das
Partidas Dobradas é proposto como mecanismo de controle patrimonial. Embora historiadores
afirmem que o Método das Partidas Dobradas já estivesse em aplicação em
diversos centros comerciais italianos, a obra de frei Pacioli, ilustre matemático
da época, muito ligado a Leonardo da Vinci e autor da primeira obra impressa
sobre matemática, serviu pra sistematizar e popularizar a Contabilidade.
Esta origem da Contabilidade estabeleceu no Brasil a chamada tradição italiana
que além de ter influenciado durante gerações a formação dos contadores, deu
base aos regulamentos contábeis, como o Código Brasileiro de Contabilidade (1850)
e a antiga Lei das Sociedades por Ações (1940).
A evolução da Contabilidade acompanhou o desenvolvimento comercial e industrial
durante os séculos. No século XX, a preocupação norte-americana na busca da
eficiência gerencial, coerente com os Princípios de Administração Científica
propostos em 1911 por Taylor (1947), passou a dar ênfase à informação contábil
como suporte e ao processo decisório.
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