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20 de julho de 2012

Risco, Retorno e Equilíbrio: Uma análise do modelo de Precificação de Ativos Financeiros na Avaliaçõ de Ações Negociadas na BOVESPA (1988 - 1996)



por Adriano Leal Bruni


Desde que Markowitz, Tobin, Sharpe, Lintner, Mossin e Black apresentaram as principais idéias que constituíram a base do capital asset pricing model, este se tornou a principal referência usada por acadêmicos e práticos de finanças na analise da relação entre risco e retorno de ativos. Em equilíbrio, o retorno esperado de um ativo deveria ser igual ao retorno de um ativo livre de risco, mais um prêmio pelo risco corrido.
Testes estatísticos iniciais, conduzidos entre finais da década de 60 e 70, contribuíram com a afirmação do modelo, não sendo capazes de rejeitar as principais premissas do modelo. Entretanto, a partir do final dos anos 70, inúmeros outros testes passaram a apresentar fatores que, além do beta, teriam relação significativa com os retornos das ações analisadas. Alguns destes trabalhos chegaram a afirmar não ter encontrado relação entre retornos e betas. Entre as variáveis significativas encontradas, destacaram-se o tamanho da empresa, o endividamento, a relação entre o valor contábil e o valor de mercado, a rentabilidade dos dividendos, a liquidez dos papéis, a relação fluxo de caixa sobre preço, o crescimento das vendas passadas, a relação preço sobre vendas e a variância individual dos ativos.
Devido a polêmica surgida em torno do modelo e do questionamento quanto à significância de outras variáveis, além do risco sistemático, na análise dos retornos dos ativos financeiros, a presente dissertação objetivou analisar o comportamento das ações de empresas não financeiras negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo entre os anos de 1988 e 1996, com base em regressões cross-section anuais. Em função de características distintas da economia brasileira no período estudado, as análises foram, complementarmente, dividas em dois subperíodos (anos de 1988 a 1994 e anos de 1995 e 1996).
Os resultados encontrados não permitiram evidenciar relação significativa entre os retornos reais e os betas das ações, calculados em relação ao Ibovespa sobre um horizonte de 24 meses. Por outro lado, outras variáveis, como o endividamento (expresso pelo total de ativos sobre o valor de mercado da empresa) e a relação valor contábil sobre valor de mercado, revelam-se bastante significativas durante o período analisado.


 Fonte: http://www.infinitaweb.com.br/albruni/artigos/9805_Dissertacao.pdf

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