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23 de agosto de 2011

A Contabilidade Analítica, Estudos Previsionais e Formação no Século XXI



por Jorge São Marcos
Paulo Naia

A Contabilidade Analítica incide prioritariamente na valorização dos fenómenos internos empresariais, preocupando-se com o registo de encargos e proveitos por função, por actividades e pelos produtos.

Em Portugal, durante muitos anos a Contabilidade Analítica foi denominada contabilidade de Custos, pois o registo dos custos por função, actividade e produtos, a sua análise, controlo e previsão foi e, contínua a ser, o “núcleo duro” da Contabilidade Analítica, na generalidade das empresas que a implementaram.

Aliás, nas considerações técnicas do actual Plano Oficial de Contabilidade (POC) Português, aprovado em finais de 1989, diz-se:

“É cada vez maior o número de empresas que implementam subsistemas contabilísticos de contabilidade interna, analítica ou de custos” (Decreto-Lei nº 410/89).

Actualmente, já se começa a utilizar o conceito e a denominação de Contabilidade de Gestão, contudo mais nos meios académicos.

A Contabilidade de Gestão seria um desenvolvimento da Contabilidade de Custos, numa óptica mais globalizante; será uma informação para a administração das unidades empresariais, não incidindo apenas nos custos, mas também nos proveitos, e nas massas patrimoniais.

Evidentemente, que esta evolução na generalidade das empresas portuguesas que implementaram uma Contabilidade Interna não é uma realidade. No tecido empresarial português é importante começar a generalizar-se a implementação da Contabilidade Analítica.

Por isso as obras actuais que falam na Contabilidade de Custos ou Analítica dizendo que é  tradicional, e dando relevo à Contabilidade de Gestão, têm por base muitas vezes a evolução vivida nas fortes empresas Norte Americanas, Japonesas e dos países mais desenvolvidos na União Europeia.

O horizonte temporal da Contabilidade Analítica tem vindo a incidir em factos passados.

Porém, esta contabilidade, dado estar cada vez mais ligada à contabilidade de custos e de proveitos pré–determinados, passou a ter um novo horizonte temporal mais próximo da actualidade, visto ter de se preocupar constantemente com desvios entre factos verificados e registados e previsões efectuadas.

A Contabilidade Analítica pretende atenuar as insuficiências da Contabilidade Geral, também denominada Contabilidade Financeira, enquanto utensílio de gestão. Por outras palavras, a Contabilidade Geral embora sendo essencial, sendo imprescindível, para se levar por diante uma gestão racional, carece de operacionalidade na planificação, no controlo e na tomada de decisões pelos gestores e empresários.

A Contabilidade Geral não possibilita as informações relativas às funções internas desenvolvidas nas unidades económicas, nem com a assiduidade que cada vez mais se exige. Contudo, como foi dito, a Contabilidade Geral é fundamental para a gestão da empresa, pois permite analisar a evolução do seu património e determinar o resultado conseguido pelas actividades desenvolvidas.

Mas a informação específica sobre a produção, os custos, proveitos imputáveis às diferentes funções, departamentos, secções, postos de trabalho e sobre o processo produtivo, são fornecidas pela Contabilidade Analítica de Exploração.

Com o progressivo crescimento, diversificação e especialização das tarefas realizadas dentro das unidades empresariais durante os últimos anos de intensa internacionalização de capitais, a Gestão passa a sentir uma maior necessidade em conhecer rapidamente a pormenorização dos custos. E “uma de las funciones básicas de la Contabilidad de Gestión, consiste en controlar los costes y La producción para que la gerencia pueda identificar las áreas problemáticas y adopte, si procede, acciones correctoras” (AECA, 1996, p. 101).

Porém, este detalhe económico incide sobre o desenvolvimento de cada uma das várias actividades, de cada um dos centros de responsabilidade, de cada uma das suas famílias de bens produzidos, dos diferentes produtos e dos serviços prestados.

Mas a Contabilidade Analítica não só pode ficar-se pelo estudo dos aspectos internos da empresa. Este sub-sistema contabilístico tem de passar a interessar-se cada vez mais, pelos mercados e canais de distribuição possibilitando a realização de estudos sectoriais de rentabilidade comercial e contas de exploração elementares, actividade por actividade e segmento de mercado por segmento, zona geográfica por zona. (Margerin, 1990).

Os registos viabilizados pela Contabilidade Analítica derivam das operações realizadas dentro da empresa (industrial, comercial, financeira ou de serviços). Esta Contabilidade preocupa-se com a reclassificação dos custos e dos proveitos por destino, ou seja, pela sua imputação às funções, às actividades, aos departamentos, aos centros de análise ou às secções produtivas.

Os diferentes métodos de cálculo de resultados obtidos pela Contabilidade Analítica, dividemse em dois grandes grupos, face à competência dos factores produtivos num método de Absorção, ou de Contribuição.

O primeiro tipo de análise – de Absorção - enquadra-se na afectação e imputação de custos aos produtos, situação esta mais verificada nas empresas portuguesas com Contabilidade Analítica. 


 Fonte: 
http://www.observatorio-iberoamericano.org/paises/spain/art%C3%ADculos%20diversos%20sobre%20contabilidad%20de%20gesti%C3%B3n/I%20Encuentro%20Iberoamericano%20Cont.%20Gesti%C3%B3n/Otros%20Temas/SaoyNaisa.pdf

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