por Dr. Antonio Lopes de Sá
BALANÇO E ANÁLISE
CONTÁBIL
O balanço em Contabilidade é uma evidência de equilíbrio de
elementos patrimoniais através de: causas, efeitos, tempo, espaço, qualidade e quantidade;
ou seja, é uma demonstração gráfica dimensional de fatos patrimoniais.
As expressões que qualificam o estado balanceado, em geral,
têm sido quase sempre, tradicionalmente, as: Patrimonial e de Resultados (embora
possam existir vários outros balanços).
Balanço Patrimonial, para designar a apresentação estática
da estrutura geral, abrangendo a todos os componentes do “Sistema da
Estabilidade” (equilíbrio) da riqueza; Balanço de Resultados, para evidenciar o
“Sistema da Resultabilidade” ou do Rédito (acréscimo real do patrimônio por
efeito da movimentação).
Na prática são os informes relativos a essas peças referidas
as que formam a base das análises, ou seja, as que ensejam as opiniões sobre a
situação geral das empresas (estas são as exigidas pelo Código Civil Brasileiro
de 2002).
A expressão “Análise de Balanço”, entretanto, como
“conceito”, tem sido empregada, também em sentido genérico (como equivalente a
de análise contábil).
Assim, encontramos tal termo utilizado por insignes mestres
que formaram a base da cultura científica contábil no Brasil, ou sejam,
principalmente: Francisco D´Áuria (Estrutura e Análise de Balanço, edição Cia.
Editora Nacional, São Paulo, 1953), Frederico Herrmann Júnior (Análise de Balanços
para Administração Financeira, edição Atlas, 1946).
Também o precursor do “aziendalismo latino” (maior corrente
científica do século XX na Itália), Alberto Ceccherelli, em sua obra maiúscula
de análise, intitulou-a de “A linguagem dos balanços” (Il linguaggio dei
bilanci, edição Felice le Monnier, Florença, 1950); igual critério empregou o
precursor do “patrimonialismo” (corrente científica de maior aceitação
mundial), Vincenzo Masi (Analisi di bilancio delle imprese, edição Zuffi,
Bolonha, 1953).
Assim procederam, os grandes lideres intelectuais
mencionados, certamente por considerar que a terminologia científica é própria,
não se confunde com a comum, foge da vulgaridade, recusa o subjetivo, sendo
“objetiva”; consagraram o Balanço, pois, como um universo, dentro do conceito
que há séculos é reconhecido e a análise do mesmo como a equivalente à própria estática
e dinâmica patrimonial.
“Análise de Balanços”, pois, repito, chegou a mesclar-se,
como ainda ocorre, com o conceito de “Análise Contábil”.
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