por Geraldo Barbieri
Atualmente, no Brasil muitas empresas, ao elaborarem as suas
demonstrações contábeis, estão apurando, como parte integrante do resultado, o
famigerado lucro inflacionário, também definido por muitos como lucro fictício.
Em seu artigo Contabilidade versus Fluxo de Caixa , o professor
Eliseu Martins (1990), afirma, O Balanço e a demonstração de resultado, se
elaborados à luz do custo histórico e na ausência de inflação, são as
distribuições lógicas e racionais ao longo do tempo do Fluxo de Caixa da
Empresa.
E havendo inflação, para que as demonstrações representem
melhor a realidade, Martins 1990, conclui: Se consideramos que há necessidade
de trabalharmos na inflação com uma moeda mais confiável, precisamos,
obrigatoriamente, inserir na Contabilidade, com plenitude, a idéia da moeda
constante e a valor presente.
Com base nas afirmações anteriores, parece simples concluir
que todos os componentes do balanço e da demonstração de resultado já foram ou
serão transformados em caixa em determinado momento.
Concordamos e até consideramos simples raciocinar da
seguinte forma sobre as vendas que aparecem na Demonstração de resultado: se à
vista já foram; se à prazo, há um dia definido de recebimento; portanto; a se
trazerem as vendas a valor presente, tem-se noção de quanto será o caixa
correspondente em moeda forte, no dia da operação. Na data do vencimento das
duplicatas, subdividi-lo em duas partes: Receita de vendas e Receita de juros.
Talvez não seja tão simples entender a transformação de
outras contas (como depreciação, despesas pagas antecipadamente etc.) em caixa
quanto o seja em relação às vendas, mas muito já se escreveu sobre isso.
Este trabalho tem como objetivo principal, discutir a
existência ou não de lucro inflacionário e, em caso afirmativo, em que momento
ele se transforma em caixa.
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