por José Silvio Born
Os indicadores da situação financeira do Ente prestador de serviços não
devem ser vistos sob o prisma de empresa visando ao lucro. Neste enfoque,
representa apenas a situação financeira do Ente, sendo impossível inferir sobre
a qualidade do serviço que presta ao público. Embora os indicadores tenham essa
característica, na empresa as pessoas, em geral, não estão preocupadas com a
qualidade do seu serviço ou produto, quando analisam a situação financeira.
Entretanto, quando procedem à análise da situação financeira do Ente público,
querem inferir sobre a qualidade do serviço prestado, tanto pela sua
obrigatoriedade, quanto pela sua abrangência, ou seja, a expectativa sobre as
ações do Ente público tende a ser razão, também, para análise do desempenho
financeiro. Por outro lado, se o bom desempenho financeiro não está necessariamente
relacionado com um bom serviço prestado, o mau desempenho financeiro, geralmente,
está associado a maus serviços prestados, pois os efeitos externos são
perceptíveis, tais como greves, bens obsoletos, conservação inadequada de bens públicos,
serviços de má qualidade e servidores desmotivados.
Para avaliar a situação financeira da empresa utilizam-se os ativos,
comparados com as exigibilidades, em vista da possibilidade de sua liquidação.
Entretanto, a análise dos Ativos do Ente
público não se presta, tanto por não haver dados disponíveis atualizados
monetariamente e com o reconhecimento da depreciação ou, quanto por não serem
passíveis de liquidação, para efeitos da solvência. Desta forma, utilizam-se as
Receitas Correntes, verdadeiros ativos do Ente.
Fonte: http://www.ccontabeis.com.br/conv/t05.pdf
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