por Prof. Dr. Nilton Cano Martin
Não pode haver ciência sem um modelo adequado de percepção e
representação da realidade.
Neste início do século XXI, já se tornou óbvio que no ambiente moderno
dos negócios uma contabilidade gerencial, que tenha por base um modelo
exclusivamente financeiro, não mais consegue propiciar as informações necessárias
para dar apoio à gestão das empresas nas suas mais importantes decisões.
Para manter a sua relevância decisorial, o modelo contábil financeiro precisa
ser estendido e flexibilizado, incorporando e integrando novas dimensões e
novos instrumentos de pesquisa e avaliação.
Esta profunda Transformação da gerencial, que levaria à moderna Controladoria,
se faz integrando ao seu modelo explicativo básico, que é de natureza contábil,
a identificação
e a avaliação de variáveis, que têm elevado impacto sobre os resultados
das empresas, tais como o valor dos produtos, os fatores ambientais setoriais e
sistêmicos, os processos de trabalho e os recursos tangíveis e intangíveis
mobilizados.
Essas novas dimensões da Controladoria, quando associadas ao modelo
contábil-financeiro, formam um quadro geral de avaliação do desempenho, que não
apenas tem poder explicativo sobre o estado atual da empresa, mas também
permite projeções e simulações de cenários futuros, dando lugar à exploração de
oportunidades e à proteção ou hedge contra riscos, ambas de vital interesse
para os stakeholders de qualquer empresa.
Ao final, procura-se demonstrar quais são as novas posturas, atitudes e
percepções que, ao lado de novas técnicas e instrumentos de trabalho, devem ser
adotados por um contador para se transformar num moderno Controller.
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rcf/v13n28/v13n28a01.pdf
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