por Vinícius Simmer de Lima,
Dr. Gerlando Augusto Sampaio Franco de Lima,
Dr. Iran Siqueira Lima,
Dr. Luiz Nelson Guedes de Carvalho
O estudo investiga os determinantes
do processo de convergência contábil no Brasil. Estudos analíticos e empíricos internacionais
anteriores sugerem que o compromisso das empresas com a introdução obrigatória das normas
internacionais está associado com a pré-existência de incentivos econômicos.
Foca-se na heterogeneidade da adoção dos dispositivos de convergência no
Brasil, reconhecendo-se que as empresas possuem considerável discricionariedade
em como adotam e/ou divulgam essas práticas. Utiliza-se métrica de caracterização
da convergência baseada no Índice de Observância às Práticas de Convergência
(IOPC), construído com base na divulgação específica referente aos novos dispositivos
legais. Os incentivos econômicos estudados são: tamanho, exposição ao mercado internacional,
necessidade de financiamento e oportunidades de crescimento. Os resultados sugerem
que empresas (i) maiores, (ii) mais expostas ao mercado internacional, e (iii)
que possuem maiores necessidades de financiamento são mais propensas a adotar
os novos dispositivos, de forma que perfaçam mudanças materiais nas suas
políticas contábeis, em relação àquelas que não possuem os mesmos incentivos.
Por último, em análise do erro de projeção do analista, observa-se que o nível
de observância às práticas de convergência está negativamente associado à
dificuldade do analista em projetar o lucro da empresa. Os resultados
permitiram a confirmação de três das quatro hipóteses sugerindo, portanto, que
os incentivos econômicos das companhias tendem a direcionar o nível de
compromisso com a adoção das práticas de convergência contábil no Brasil.
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