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20 de maio de 2011

O Capital Humano e a Ciências Econômica: Algumas Considerações



por: Cleide Fátima Moretto


A temática do capital humano, embora tenha apresentado maior destaque na atualidade, sempre acompanhou o processo de construção da teoria econômica. Ao mesmo tempo que o trabalho evidencia a importância do capital humano às análises modernas sobre o crescimento e o desenvolvimento econômico, busca discutir sobre a crítica do precursor da teoria do capital humano (Schultz) à análise econômica tradicional e as suas limitações. Conclui que, de forma implícita ou explícita, tanto na análise dos clássicos como na dos marginalistas, já havia a preocupação, percebida por Schultz como ausente, acerca da homogeneidade do capital e dos fatores que alteravam o estado das artes do emprego dos insumos de produção.



A compreensão da teoria do capital humano no âmbito da ciência econômica implica, necessariamente, a junção de dois vetores: de um lado, o resgate das contribuições de Schultz e Gary Becker, além de outros estudos mais recentes, os quais procuram demonstrar a estreita relação entre o capital humano e o desenvolvimento; de outro, a reavaliação do espaço que tal noção ocupa na análise econômica tradicional. Nesses termos, identificar as nuances dessa presença não significa, apenas, fazer jus às importantes contribuições de Schultz e de seus seguidores à teoria econômica e à análise do crescimento e do desenvolvimento econômico, mas representa, sobretudo, apesar das imprecisões analíticas, a demarcação da própria gênese da teoria do capital humano com a emergência da ciência econômica.



O objetivo do presente trabalho, portanto, não se limita a evidenciar a importância da teoria do capital humano às análises econômicas modernas ou ao seu valor no âmbito dos estudos econômicos. Busca-se, também, discutir os principais elementos da crítica de Schultz e suas limitações à teoria econômica tradicional, especificamente à questão da homogeneidade do capital e ao estado das artes do emprego dos fatores de produção. Acredita-se que, com esta análise, se possa, a um só tempo, cobrir as lacunas existentes no processo de consolidação da teoria do capital humano e favorecer uma melhor compreensão da problemática em questão.



Para tanto, num primeiro momento, faz-se uma síntese sobre a trajetória tomada pela teoria do capital humano, da problematização que inspirou as investigações nas décadas de 1950 e 1960 até a sua aceitação na atualidade. Em seguida, investiga-se o objeto de estudo das análises clássica e marginalista, especificamente no que se refere à homogeneidade e à constância dos fatores de produção e às suas relações com a crítica schultzeriana. Por fim, apresentam-se algumas considerações finais como fechamento e indicação de possíveis ou novos estudos. Convém salientar que o presente trabalho, em nível de revisão bibliográfica, não esgota as fontes e as opções de referência; trata-se de um primeiro apontamento sobre o tema, que pode, por isso, ser ampliado.




Fonte: http://www.upf.br/cepeac/download/rev_n09_1997_art4.pdf

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