por Célia Oliveira de Jesus Sacramento.
Com o advento da Resolução rr 003 do Conselho Federal de Educação de
1992, de 5 de outubro de 1992, que trata do mínimo de conteúdo e duração do
curso de graduação em Ciências Contábeis, foi inserida entre outras, a
disciplina Teoria da Contabilidade.
A inclusão dessa disciplina no curso de graduação em Ciências
Contábeis visa, segundo a referida resolução, estimular a aquisição integrada
de conhecimentos teóricos e práticos, que permitam ao graduado o competente
exercício da sua profissão.
Para o professor ludícibus (1997, p.22) "é importante entender
bem o que é teoria, bem como seus vários enfoques e metodologias, a fim de os
contadores poderem dar respostas ou interpretações satisfatórias para uma série
de novos fenômenos que estão a desafiar nossa profissão."
A obrigatoriedade dos conhecimentos teóricos contábeis foi imposta nos
cursos de Ciências Contábeis pela referida resolução, mas será que os
professores que ministram a disciplina têm conhecimento do que seja Teoria da
Contabilidade? Qual a sua importância? Qual o semestre ou ano que ela deve ser
oferecida? e Qual o seu conteúdo programático?
Se os responsáveis pela adequação curricular, ou os professores que
lecionam a disciplina Teoria da Contabilidade, não fizeram um estudo para
conhecer o que é Teoria da Contabilidade, sua importância na graduação, ano ou
semestre a ser oferecida, o objetivo de ter contadores, dando respostas ou interpretações satisfatórias,
nos desafios profissionais, e de formar profissionais com fundamentos
científicos da Contabilidade não será atingido.
Os objetivos desse artigo são:
• apresentar
problemas relacionados ao ensino de Teoria da Contabilidade nos cursos de
graduação das
faculdades de Ciências Contábeis; e
• apresentar uma
visão da teoria contábil sob o enfoque do método indutivo, fazendo uma análise
dessas questões face as determinações da Resolução n^ 003/92 do Ministério da Educação.
A investigação e do tipo exploratória, pois o objeto em estudo (O
Ensino da Teoria da Contabilidade no Brasil, nos cursos de graduação em
Ciências Contábeis ) é desconhecido.
Ao conceituar o universo da pesquisa. Lakatos (1990, p. 108) diz o
seguinte: "O universo ou população é o conjunto de seres animados ou
inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum. Sendo N o
número total de elementos do universo ou população, o mesmo pode ser
representado pela letra latina maiúscula X. tal que Xn = X1;X2;X3 Xn."
A pesquisa tem como universo as Faculdades de Ciências Contábeis do
Brasil.
Ao conceituar a palavra amostra, a mesma autora. Lakatos (1990, idem)
deu a seguinte definição: "O conceito da amostra é que a mesma constitui
uma porção ou parcela, convenientemente selecionada do universo. Sendo n o
número de elementos da amostra, a mesma pode ser representada pela letra
minúscula x. tal que xn = x1; x2; x3...; xn<xn e n< ou = n.
A amostra abrange dezenove faculdades públicas do Brasil. Até o
advento da Lei n°9.394/96 das Diretrizes e Bases da Educação; apenas as
universidades públicas tinham como norma encaminhar e incentivar os professores
a fazerem cursos de pós-graduação. Segundo dados da Secretária de Educação
Superior, até 1996 existiam 332 (trezentos e trinta e dois) cursos de graduação
em Ciências Contábeis, mas somente nos cursos de pós-graduação em Ciências Contábeis
(Mestrado ou Doutorado) era oferecida a disciplina Teoria da Contabilidade.
Logo a delimitação é representativa, pois a cancã professores que tiveram
oportunidade de fazer pós-graduação.
Fonte: http://www.eac.fea.usp.br/cadernos/completos/cad18/O_ensino.pdf
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