Uma Breve Reflexão sobre "Goodwill" e sua respectiva contabilização

19 de novembro de 2011

Uma Breve Reflexão sobre "Goodwill" e sua respectiva contabilização

por Fernando José Arrigoni,

Valcemiro Nossa

A proposta da Contabilidade é servir ao usuário mensurando, registrando e informando sobre os fatos que afetam o patrimônio. A forma como ela disponibiliza a informação, especialmente ao usuário externo, está fundamentada nos Princípios Contábeis Geralmente Aceitos e nas Normas emitidas pela Lei 6.404/76, outros dispositivos com poder de regulamentação, inclusive o sistema tributário, os quais, acabam, por vezes, prejudicando a evidência da essência dos fatos.

Não é o formalismo atribuído à informação contábil que a torna relevante, e sim, a oportunidade e a essência do que é informado que podem influenciar no comportamento do usuário diante de uma decisão ou avaliação. A Contabilidade tem se preocupado com o método objetivo de avaliação. Entretanto a relevância da informação está em sua essência e tempestividade.

Apesar de não estar disponível ao usuário, especialmente o externo, acredita-se que o “goodwill” seja uma informação relevante. O “goodwill” adquirido se apresenta como um ativo de difícil contabilização. Diversas são as propostas de como tratá-lo contabilmente, inclusive quanto sua amortização. Se o “goodwill” adquirido apresenta uma série de dificuldades para seu devido tratamento contábil, o que se espera então do não adquirido?!

A informação contábil talvez necessitasse de um “afrouxamento” no uso e aplicação de terminados Princípios Contábeis Geralmente Aceitos, de forma a não impedir que fatores relevantes sejam informados, por não estarem enquadrados dentro da sua forma objetiva de mensurar e evidenciar. Parece preferível uma informação útil incompleta à sua total omissão.