por Sérgio de Iudícibus,
Eliseu Martins,
L. Nelson Carvalho
Trata o presente ensaio, como objetivo principal, de aspectos relevantes
da epopéia da evolução da Contabilidade, através das várias fases históricas de
seu desenvolvimento, desde o estado de simples método de escrituração baseado
nas partidas dobradas até sua maturação como ciência social aplicada de forte
fundo econômico.
Ao longo do trabalho são analisados os vários enfoques, abordagens e
teorias, bem como circunstâncias históricas e outras que possam explicar a
Contabilidade enquanto ciência genuinamente social.
Na interpretação mais atualizada dessa disciplina, a cientificidade
contábil deve ser procurada, preferencialmente, numa série de características como,
por exemplo: no entendimento e mensuração aplicados aos elementos do
patrimônio; na preponderância do valor econômico em lugar de simples custos ou
preços; no caráter preditivo das demonstrações contábeis; na introdução do
fator risco e do conceito do valor do dinheiro no tempo nas avaliações
contábeis, bem como na consideração de custos imputados e de oportunidade etc.
A Contabilidade pontifica pela observação das características anteriormente
vistas e pela incorporação, em seu arcabouço conceitual, da premissa da prevalência
da essência sobre a forma, no campo do conhecimento social aplicado, de
natureza econômico-financeira, com ramificações nas áreas de produtividade,
ambiental e social e com evidentes conotações quantitativas quanto à sua
mecânica patrimonial.
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