por Vera Maria Rodrigues Ponte,
Edson Luiz Riccio,
Paulo Roberto B. Lustosa
Durante os anos setenta, Eliyahu
Goldratt (1994) desenvolveu uma técnica de administração da produção, dando
origem a Teoria das Restrições (Theory of Constraints - TOC). Na década de
oitenta, os fundamentos da TOC foram amplamente divulgados e hoje já se
encontram implantados em várias organizações.
As idéias de Goldratt vêm
provocando mudanças nas práticas contábeis. A implantação da TOC nas
organizações vem suscitando questionamentos com relação a eficácia da Contabilidade
Gerencial, pois propõe uma nova forma de mensuração da eficácia global da empresa.
Algumas empresas já estão substituindo os modelos tradicionais por modelos baseados
na TOC, como se vê em Westra (1996), Dugdale & Jones (1996) e Horngren
(1996).
As novas práticas contábeis propostas
pelos estudiosos da TOC vem sendo apresentadas nos trabalhos de pesquisadores
americanos e ingleses sob o título de Throughput Accounting.
No Brasil, adota-se o termo
Contabilidade de Ganhos.
O modelo de apuração do lucro
proposto pela Contabilidade de Ganhos é semelhante ao apresentado pelo método
do Custeio Variável, o que vem sendo motivo de crítica por parte de alguns
pesquisadores, conforme relata Dugdale & Jones (1996). A questão que
levantamos neste trabalho é: Terá a Contabilidade de Ganhos algo de novo, ou é
apenas uma nova versão do Custeio Variável?
Com relação ao modelo de
apuração de lucro, a Contabilidade de Ganhos não traz grandes inovações, mas
seus pressupostos básicos são bastante diferentes daqueles que norteiam a
Contabilidade de Custos tradicional.
A Contabilidade de Custos
tradicional tem preocupação com medidas de eficiência locais, enquanto a
Contabilidade de Ganhos entende que a otimização das partes pode não conduzir a
otimização global e reconhece nas medidas de eficiência uma ameaça à otimização
do resultado da organização.
Estas questões são discutidas
neste trabalho e examinam-se algumas das principais diferenças entre os dois
modelos.
Fonte: http://www.tecsi.fea.usp.br/riccio/artigos/pdf/analise_comparativa.pdf
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