por Gilmar Aurélio de Lima
A crise econômica de 1929 que culminou com a quebra da Bolsa de
Valores de Nova Iorque decretou a falência de vários segmentos empresariais. A
primeira manifestação da crise ocorreu no campo. Na medida em que as
exportações diminuíam, os grandes proprietários não conseguiam saldar suas
dívidas. Além disso, eram forçados a pagar altas taxas para armazenar o que
produziam, acumulando dívidas que os levou, em massa, à falência.
A crise no campo refletiu-se nas cidades com o desabastecimento porque
o poder de compra diminuía na medida em que a mecanização da indústria passou a
gerar maior índice de desemprego; e ao mesmo tempo promoveu a falência de
instituições bancárias, que confiscavam
as terras e ao mesmo tempo não recebiam os pagamentos dos industriais que não
conseguiam vender sua produção.
Assim sendo, os bancos para garantir que o capital que seria
emprestado fosse restituído com os devidos juros cobrados começaram a exigir
que as empresas lhes apresentassem o balanço patrimonial e desenvolvem um
instrumento denominado análise de balanços que permitiu medir com maior grau de
precisão o risco envolvido na concessão de crédito para estas entidades.
Com o advento do mercado de capitais, as empresas conseguiram mais uma
alternativa para financiar a expansão de seus negócios. Ações eram oferecidas,
na bolsa de valores a qualquer pessoa que dispusesse de dinheiro e desejasse
investi-lo na compra desses papéis. Entretanto para que a empresa pudesse
vender suas ações, eram obrigadas a apresentar suas demonstrações contábeis
devidamente analisadas e auditadas por auditores independentes. Esta medida
visava proteger o capital aplicado pelo investidor.
Fonte:
http://www.unianhanguera.edu.br/storage/web_aesa/portal_institucional/bibliotecas/biblioteca_virtual/publicacoes/463584_Gilmar_Aur%C3%A9lio_de_lima12.pdf
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