por José Alberto Reis Sampaio
Existem várias tentativas de se adaptar sistema de custos utilizados
na iniciativa privada no setor público, mas não se vem obtendo o êxito desejado
e acredita-se que talvez o início de tal dificuldade se dê na confusão
(conceitual e cultural) que os termos despesas e custos signifiquem em cada
setor, aliado à outros entraves burocráticos como o direcionamento do controle
das finanças públicas para o Orçamento Público (enfoque financeiro), a falta de
uma Contabilidade Patrimonial mais representativa da realidade econômica e
contábil das entidades públicas, bem como a manutenção, pela administração pública,
de regime misto relativo à Receita Pública (regime de caixa) e a Despesa
Pública (regime de competência).
A avaliação dos resultados alcançados pelas entidades públicas
normalmente é feita com a utilização de índices, indicadores e demais parâmetros
que não são, necessariamente, expressos em moeda ou em valores econômico
parecidos com aqueles utilizados na iniciativa privada.
A conclusão é que tanto num quanto noutro campo, o objetivo maior é
maximizar o uso dos recursos com o objetivo de obter melhores resultados,
aspecto importante a ser analisado quando da concepção de sistemas de custos
próprios de cada setor.
Embora os sistemas de custos sejam exigidos pela Lei de
Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000), ainda não houve tal
implantação em toda a administração pública brasileira por conta de uma série
de fatores, dentre eles a dificuldade de se conceber sistemas adequados ao
setor público, haja vista que tal ferramenta de gestão é utilizada há muito
tempo na iniciativa privada e por empresas que buscam o lucro, num conceito
empresarial, restrito.
Existem várias tentativas de se adaptar sistemas de custos utilizados
na iniciativa privada no setor público, mas não se vem obtendo o êxito desejado
no sentido de se disseminar tal enfoque gerencial em todos os níveis de
governo, e acredita-se que talvez o início de tal dificuldade se dê na confusão
conceitual e cultural que os termos despesas e custos signifiquem em cada
setor, aliado a outros entraves burocráticos como o direcionamento do controle
das finanças públicas para o Orçamento Público (enfoque financeiro), a falta de
uma Contabilidade Patrimonial mais consistente e representativa da realidade
econômica e contábil das entidades públicas, bem como a manutenção, pela
administração pública, de regime misto relativo à Receita Pública (regime de
caixa) e a Despesa Pública (regime de competência).
Fonte: http://www.congressocfc.org.br/hotsite/trabalhos_1/269.pdf
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