por Evandir Megliorini, José da Cunha Tavares
Uma empresa ao se instalar define uma capacidade de produção que seja
adequada a uma demanda e que seja cambem suficiente para remunerar os investimentos
realizados. À medida que essa demanda se expande e a empresa busca satisfazê-la,
novos investimentos são implementados para uma capacidade maior. Esses
diferentes níveis de capacidade interferem no comportamento do custo unitário
dos produtos. E de se esperar que para quantidades maiores de produção, os
custos unitários sejam menores.
A redução, no entanto, pode ser observada até que a empresa atinja o
melhor nível operacional quando o crescimento da produção é superior ao
crescimento dos custos, situação esta caracterizada por economias de escala e,
a partir de então, os custos passam a ter um crescimento superior ao
crescimento da produção, caracterizando deseconornias de escala. Nesse
contexto, entender o comportamento dos custos em decorrência do aumento da
quantidade produzida pode ter impacto significativo na tomada de decisões.
O presente artigo discute o comportamento do custo unitário na
perspectiva de economias e deseconomias de escala, valendo-se, para isso, do
enfoque qualitativo descritivo, tendo como suporte a pesquisa de natureza
bibliográfica.
Entender o comportamento dos custos em decorrência de alterações do
volume de produção pode contribuir para a tomada eficaz de decisões.
A classificação tradicional encontrada na literatura relacionando os
custos com o volume de produção considera os custos pertencentes a dois grupos
básicos: custos variáveis e custos fixos. Os custos classificados como
variáveis oscilam de acordo com mudanças no volume, enquanto os custos fixos
permanecem constantes quando os níveis de produção aumentam ou diminuem.
Essa classificação é encontrada na literatura contábil, econômica,
financeira e de produção, e todas relacionam o comportamento dos custos ao
volume de produção que a empresa está operando. Tal volume situa-se dentro de
unia certa capacidade instalada, que os autores denominam "intervalo de
variação relevante". Sobre esse intervalo, Atkinson et aL (2000, p-190)
dizem tratar-se de um "Intervalo entre níveis de produção dentro do qual a
classificação de um custo como fixo ou variável é apropriada."
Nesse contexto, uma decisão que envolva custos deve ser precedida de
uma cuidadosa análise relativa ao seu comportamento. A primeira vista, quanto
maior o volume de produção, espera-se que menor seja o custo por unidade de um
produto- Se a decisão decorrer de um aumento de produção, com a expectativa de
um custo menor, poderia o gestor sentir-se confortável para decidir sobre
redução de preços ou então, oferecer descontos, por exemplo.
É nesse ponto que reside o objetivo deste trabalho - discutir a
necessidade da compreensão do comportamento dos custos diante de alterações no
volume de produção, uma vez que dentro de um intervalo de capacidade instalada
ocorrem economias e deseconomias de escala. A situação descrita acima se repete
quando se passa de um intervalo de capacidade para um outro maior.
Este trabalho consiste em um estudo qualitativo descritivo, cujo objetivo
é discorrer sobre a importância das economias e deseconomias de escala na
análise de custos utilizada no processo decisório.
A discussão baseia-se na pesquisa bibliográfica- Conforme Cervo e
Bervian (2002, p, 65), "A pesquisa bibliográfica procura explicar um
problema a partir de referencias teóricas publicadas [,..]", Para Lakatos
e Marconi (1994, p- 183), a pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que
foi escrito sobre o assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque
ou abordagem.
Fonte:
http://www.uninove.br/PDFs/Publicacoes/cadernos_posgraduacao/cadernosv4n1adm/cdposv4n1adm_2h01.pdf
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