por Claudelino Dias Jr.,
Osmar Possamai,
Ricardo Jardim Gonçalves.
A identificação de ativos intangíveis como pressuposto para
alavancagem do desempenho organizacional, surge basicamente da necessidade de
diferenciação da oferta, que carrega em si própria a perspectiva de um valor
superior atribuído a produtos e serviços concebidos necessariamente a partir da
capacidade organizacional de contemplar distintas necessidades mercadológicas.
Assim, torna-se necessário proceder-se à análise de como os ativos intangíveis
internos podem dinamizar o desempenho organizacional, tendo por base a
eficiência das operações de produção, demonstrando a importância desses ativos
na manutenção de melhores níveis de desempenho econômico
das atividades organizacionais.
Paralelamente, buscam-se formas de gestão mais ajustadas à produção de
bens (tangíveis e/ou intangíveis) que tenham como objetivo promover uma
constante revisão dos aspectos ligados à discussão de como dinamizar a
eficiência operacional, a partir da identificação de potenciais ativos
intangíveis. No sentido de propiciar a estruturação de um conjunto de atividades
necessárias ao cumprimento de um fim social específico, toda a organização
deve, necessariamente, definir quais as suas competências essenciais. Para Cavalcanti
(2001), essas competências seriam definidas partindo-se do conjunto de
habilidades e tecnologias desenvolvidas que permitem a organização oferecer
benefícios aos clientes.
Angeloni (2002) propõe um modelo para investigação e construção de
organizações que visem à dinamização do conhecimento como fator de produção
essencial, conceituando-
as como um repertório de saberes individuais e coletivos tratado como
um ativo valioso capaz de entender e vencer as contingências ambientais, e,
assim, sendo detentoras de três dimensões interagentes e interdependentes: a dimensão
infra-estrutura, a dimensão pessoas e a dimensão tecnologia.
A dimensão infra-estrutura defendida por Angeloni (2002) equivaleria,
para Cavalcanti (2001), ao que define como capital estrutural (fluxos de
conhecimento que foram sistematizados – sistemas, métodos, cultura e valores),
sendo este o único ativo intangível efetivamente possuído pela organização, pressupondo
que a idéia de propriedade deste ativo surja como fator decisivo no
direcionamento mais eficaz da atividade produtiva. Sendo assim, o que Lev
(2002) chama de infra-estrutura organizacional, seria o ativo (intangível) que
mais conta e que menos se conhece: «o motor que cria o maior valor entre todos
os demais ativos.
Fonte: http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/rpbg/v7n1/v7n1a04.pdf
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